Bobagem pura, falta de coragem de se questionar e incapacidade de se olhar ao espelho e ver a verdadeira figura que se esconde por trás da própria estupidez.
Podemos entrar em questões mais ‘profundas’ do tipo, o que é ser inteligente de fato? O que chamamos de inteligência pode ser um entorpecer tosco em nome de ser ‘mais um’?
Ser igual é deixar de ser.
Ser ‘inteligente’, pelos padrões vigentes é algo, em si, inteligente?
A brincadeira toda segue naquilo que cada um cria para si, ou crê de si. Fazer parte, ser mais um, ser reconhecido, aceito e assim por diante conta com uma boa dose de negação e compensação. Para criar essa fantasia toda, o indivíduo cria e crê ser o que não é, mas o que os outros julgam ser interessante alguém ser. A coisa surge desde a mais tensa infância, com o que costumam chamar de ‘educação’, ou criação de um ser uma aceitável coletivamente. Isto é, criado do ponto de vista impositivo, com recompensas, dizendo-se que ‘inteligente’ é ser assim, ou assado, ter um futuro, ser alguém importante e etc.
As pessoas são inseridas em um mecanismo imenso, negando-se, aplicando-se, fazendo o que é possível para ser parte funcional das engrenagens. Utilizando o que é possível e ‘inteligente’ para não ser quem se é, mas o que se espera que seja. É um processo de negação própria em nome de se tornar alguém reconhecido.
Não basta ser apenas mais um, deve-se ser “O” mais um, a última bolachinha do pacote. Não basta deixar de ser quem se é, deve-se ser alguém que não se é, mas “além” de todos. A sociedade é uma maquina produtora de idiotas inseridos, mas todos fodões, que são o máximo, que são lideres, que tem sucesso, que se destacam, que aparecem, que tem fama e assim por diante. Cada um vai tentar sempre ser o mais foda em algo.
A grande medida do quanto se é foda, claro, é sempre monetária. Fulano é o fudidão, se conseguiu ir além em alguma atividade e ganhou a tal grana e portanto, ‘construiu algo’. Fulano inserido na sociedade é o foda para com o resto dos inseridos achando-se, por exemplo, mais inteligente. Daí, começa a olhar para o mundo e ‘ver’ quem é mais inteligente, medindo pelos padrões de valores gerais e coletivos, como por exemplo, sendo mais politizado, ou filosófico, ou culto, ou erudito, ou psicologizado, ou que ficou rico através de ‘cultura’, ou teve alguma ‘sacada’ inteligente que rendeu bastante.
As pessoas são inseridas em um mecanismo imenso, negando-se, aplicando-se, fazendo o que é possível para ser parte funcional das engrenagens. Utilizando o que é possível e ‘inteligente’ para não ser quem se é, mas o que se espera que seja. É um processo de negação própria em nome de se tornar alguém reconhecido.
Não basta ser apenas mais um, deve-se ser “O” mais um, a última bolachinha do pacote. Não basta deixar de ser quem se é, deve-se ser alguém que não se é, mas “além” de todos. A sociedade é uma maquina produtora de idiotas inseridos, mas todos fodões, que são o máximo, que são lideres, que tem sucesso, que se destacam, que aparecem, que tem fama e assim por diante. Cada um vai tentar sempre ser o mais foda em algo.
A grande medida do quanto se é foda, claro, é sempre monetária. Fulano é o fudidão, se conseguiu ir além em alguma atividade e ganhou a tal grana e portanto, ‘construiu algo’. Fulano inserido na sociedade é o foda para com o resto dos inseridos achando-se, por exemplo, mais inteligente. Daí, começa a olhar para o mundo e ‘ver’ quem é mais inteligente, medindo pelos padrões de valores gerais e coletivos, como por exemplo, sendo mais politizado, ou filosófico, ou culto, ou erudito, ou psicologizado, ou que ficou rico através de ‘cultura’, ou teve alguma ‘sacada’ inteligente que rendeu bastante.