sexta-feira, 11 de julho de 2008

Sementes




Certa vez, li em um texto de uma amiga que já se foi, uma frase que achei muito interessante:

“Parar de lutar com o mundo para deixar de lutar consigo mesmo”.

Essa foi uma amiga que se decidiu por se aproximar devido a um texto meu. Eu havia escrito em certa ocasião de minha vida, quando resolvi dar uma resposta para algo que ocorrera em determinado momento, com relação a diversas pessoas.

Há algum tempo fui reler esse material. Lá se foram seis anos desde sua composição. E lá no meu texto, está a frase:

“Parar de lutar com o mundo para deixar de lutar consigo mesmo”.

Foi uma semente. Uma semente que na época lancei sem compreender exatamente o que expressava ou o quão importante seria no futuro reencontrar.

São as sementes que o Self planta em nossa via. Uma semente que fez sentido para uma pessoa que me ensinou diversas coisas e me aprofundou em tantas outras. Uma semente que hoje fez sentido quanto a vários outros elementos.

Nem sempre compreendemos algo em seu nascimento. Apenas depois que reverbera. A frase foi o inicio de algo, que hoje se findou. E é a semente de algo que vários anos depois consegui finalmente absorver completamente.

1 comentários:

Fernanda Rodrigues Barros disse...

De fato as sementes que são jogadas em nosso ser, depois de algum tempo vão sendo descobertas e a maioria delas nos faz perceber o quanto enriquecedor é sermos vasos com terra, pois sem isso não poderíamos permitir que elas germinassem. O que alguém nos diz ao acaso, às vezes, acaba nos tocando tão profundamente que certamente levamos esse sentimento até um tempo indefinido. E quanto mais o tempo passa, mais as raízes da planta vão se enraizando em nossa essência, vão tomando conta do que somos e assim passam a fazer parte igualmente.

Parar de lutar com o mundo é o mesmo que parar de lutar consigo mesmo porque fazemos parte do macrocosmo. Somos o micro no macro e muitas vezes através de nossas ações podemos ser o macro e todo o resto o micro. Depende de como colocamos em prática o que pensamos. Parar de lutar com o mundo seria como desistir de si mesmo? Ou entrar em sintonia consigo mesmo? Percebo mais de uma interpretação para esta mesma sentença... uma delas é: se lutamos com o mundo, lutamos tbm por nós, por o que queremos, por o que esperamos, por o que acreditamos ser válido compartilhar!